Honda SH150i

Meus Camaradas,

Tive esta semana um agradável reencontro com os amigos da Honda, e com outros amigos também. Afinal, nesta vida corrida que todos estamos vivendo, não tem sobrado tempo para o papo furado com os camaradas companheiros de imprensa especializada. Moramos na mesma cidade, mas quase nunca nos encontramos para simplesmente conversar, é incrível!

Eu, Alfredo Guedes e Marcello Ghigonetto, da Honda
Eu, Alfredo Guedes e Marcello Ghigonetto, da Honda

A Honda programou o evento de lançamento do seu novo (no Brasil) scooter SH150i no Rio de Janeiro. Trouxe repórteres de todo o país e acertou com um roteiro de teste que começava no Aterro do Flamengo e subia até a Floresta da Tijuca, passando pelo trânsito da Zona Sul Carioca. Lindo e perfeito para uma boa avaliação dos novos scooters. Quem não é do Rio e não conhecia, deve ter ficado embasbacado com a beleza do passeio, o dia estava lindo.

Lindo dia. Saindo do Flamengo
Lindo dia. Saindo do Flamengo

É uma boa avaliação, mas não completa, pois neste esquema de turma temos que andar respeitando o instrutor, o que limita um pouco. Teste completo é quando temos a moto a disposição por mais tempo, para ir na padaria, na faculdade, levar a patroa para andar na garupa… Espero que em breve a Honda disponibilize um deles para deixar conosco por mais tempo.

No primeiro dia tivemos um jantar de confraternização e no segundo dia a avaliação do bruto, com o já tradicional briefing técnico apresentado pelo Relações Públicas da Honda, o Engenheiro Alfredo Guedes. Neste briefing fiquei conhecendo detalhes da proposta da Honda para este modelo. Apesar da mesma cilindrada, o SH pretende não brigar com o PCX e se colocar como uma proposta diferente. Um pouco mais caro, mais potente e um pouco mais completo, o SH quer ser uma opção mais séria, elegante e confortável. Olha, vou te dizer, enfrentar o irmão PCX é uma parada duríssima… pois independentemente do que falaram, ele vai enfrentar o PCX, que é ótimo, um campeão de vendas e um scooter praticamente sem defeitos! Inclusive a Honda providenciou “PCXzes” para irmos do hotel em Copacabana até o Aterro do Flamengo, para que pudéssemos ter parâmetros para avaliar as diferenças. A Honda não brinca em serviço e certamente por isso é a marca que mais vende no mundo. O PCX provou-se bom demais, mais uma vez…

João Mendes, Eduardo Azeredo e Rubens Junior
João Mendes, Eduardo Azeredo e Rubens Junior

Mas vamos ao SH150i. Ao contrário do futurista e modernoso irmão, as rodas grandes e o design do SH, que engraçado, mesmo sendo bem fluido e moderno, o deixam mais clássico. São as proporções e a posição de pilotagem. Estivesse ele sozinho no mundo, seria modernão, mas não está e acaba ficando mais clássico. Seu concorrente Aprilia Scarabeo, que tem a mesma proposta, tem um estilo parecido e ainda mais clássico.

Gostei dele cinza também. Moderno
Gostei dele cinza também. Moderno

O primeiro contato é ótimo, a qualidade Honda de construção é evidente na pintura, nos plásticos sempre de qualidade e perfeitamente encaixados. Senti falta de um tapete que cubra os parafusos do excelente piso plano. A Honda detesta mostrar parafusos, não sei como deixaram estes a vista. O SH é keyless, você não precisa enfiar a chave em lugar algum, basta estar com ela no bolso que ele acende uma lâmpada no botão de ignição e autoriza a partida. Aliás nem chave é, é um controle remoto. Chique.

Keyless
Keyless

Isso e o ABS são as diferenças tecnológicas entre ele e o PCX. Ele é lisinho, nada parece solto ou mal preso, ou vibra. Compacto, alto (em algumas situações fiquei na ponta do pé), silencioso.

O motor é 1,5Cv mais forte e segundo eles com uma curva de potência diferenciada para ser mais ágil. Em movimento ele de cara tem um comportamento dinâmico mais parecido com uma moto, certamente devido ao tamanho das rodas de 16 e a posição de pilotagem menos poltrona. As suspensões tem maior curso e ele manobra com mais facilidade entre os carros. Ele é muito bom de curva.

Boa de curva
Boa de curva

A maior potência deve ser anulada pelo maior peso de 5kg, pois não senti que ele sai mais depressa do que o PCX. Ele tem o banco mais durinho e suspensões mais firmes. Os freios são bem fortes, uma ótima sensação de segurança. O ABS funciona sem dar solavancos no manete e faz um ruído elétrico quando entra em ação… tenho que perguntar ao Alfredo que ruído elétrico é este… me parece ser uma bomba de servo elétrica.

O iddle stop é uma sofisticação que eu adoro!

Estas unidades que testamos estavam zerinho zerinho, precisando de um bom amaciamento. Acho que tanto o desempenho como o conforto (banco firme) irão melhorar com um pouco mais de uso. Ficou claro que a estrutura de rodas, freios e chassi, com facilidade aguentariam um motor mais forte. Não pude acelerar tudo hora nenhuma, e apesar de ter um desempenho sem falhas e sempre pronto, não é um foguete. Quem quer mais foguete compra o pai dele, o SH300i. Ele é calmo, competente e elegante.

Lindo farol e luzes. Ao fundo o Pão de Açúcar
Lindo farol e luzes. Ao fundo o Pão de Açúcar

Foram poucas horas com ele mas já estou com saudade. Eu virei um scooterista e apesar de ter várias motos, só ando de scooter durante a semana. Tenho rodado estonteantes 100 kms por dia de scooter, com conforto, mais limpo e sempre com o espaço embaixo do banco cheio de livros, cadernos e etc. Não é a toa que eles são um sucesso na Europa e que por aqui sua participação no mercado só cresce. É um veículo muito inteligente e versátil, que as novas tecnologias tornam a cada dia melhores.

Seria difícil para mim escolher entre ele e o PCX. Gostei muito dos dois. Gosto do estilo, relaxamento e conforto do PCX, mas não gosto da traseira baixa dele. Prefiro a traseira alta do SH, os freios, o Keyless e o dinamismo da ciclística dele… ó vida cruel. O fato é que estou moendo o meu scooter atual, em breve terei que comprar outro, e o SH 150i é uma excelente opção, com também bom custo benefício.

Bonito, bem construído, evoluído, competente e econômico (o computador de bordo marcou 38 km/l durante o meu rolé).

Fazendo pose...
Fazendo pose…

Obrigado Honda Brasil pela oportunidade de avaliar o SH150i, pela confraternização e tenho certeza de que ele será um sucesso.

Editei um vídeozinho com as imagens que a Honda me mandou:

Temos também um vídeo com uma pequena entrevista do Alfredo Guedes, no canal do meu “irmão” João Mendes, que dispensa apresentações.

Confira clicando em https://youtu.be/ms9Pki43UEY

Abraços
Mário Barreto

Publicitário, Designer, Historiador, Jornalista e Pioneiro na Computação Gráfica. Começou em publicidade na Artplan Publicidade, no estúdio, com apenas 15 anos. Aos 18 foi para a Propeg, já como Chefe de Estúdio e depois, ainda no estúdio, para a Agência da Casa, atual CGCOM, House da TV Globo. Aos 20 anos passou a Direção de Arte do Merchandising da TV Globo onde ficou por 3 anos. Mudando de atuação mais uma vez, do Merchandising passou a Computação Gráfica, como Animador da Globo Computação Gráfica, depois Globograph. Fundou então a Intervalo Produções, que cresceu até tornar-se uma das maiores produtoras de Computação Gráfica do país. Foi criador, sócio e Diretor de Tecnologia da D+,depois D+W, agência de publicidade que marcou uma época no mercado carioca e também sócio de um dos primeiros provedores de internet da cidade, a Easynet. Durante sua carreira recebeu vários prêmios nacionais, regionais e também foi finalista no prestigiado London Festival. Todos com filmes de animação e efeitos especiais. Como convidado, proferiu palestras em diversas universidades cariocas e também no 21º Festival da ABP, em 1999. Em 2000 fundou a Imagina Produções (www.imagina.com.br), onde é Diretor de Animações, Filmes e Efeitos até hoje. Foi Campeão Carioca de Judô aos 15 anos, Piloto de Motocross e Superbike, mantém até hoje a paixão pelo motociclismo, seja ele off-road, motovelocidade e "até" Harley-Davidson, onde é membro fundador do Museu HD em Milwaukee. É Presidente do ForzaRio Desmo Owners Club (www.forzario.com.br) e criou o site Motozoo®, www.motozoo.com.br, onde escreve sobre motociclismo. É Mestre em Artes e Design pela PUC-Rio. Como historiador, escreve em https://olhandoacidade.imagina.com.br. Maiores informações em: https://bio.site/mariobarreto

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