Após o lançamento da Audi Multistrada V4, a empresa divulgou esta semana um vídeo com o lançamento de o seu segundo motor, que provavelmente irá equipar uma nova leva de motocicletas Audi que virão por aí.
Vejam o vídeo de lançamento:
Não é demosdrômico, não é beltdrive, não é dry clutch, provavelmente irá equipar uma moto sem um quadro trellis, como a já horrenda Monster atual.
Resumindo, um motor do tipo L90 como o da Suzuki V-Strom ou Gladius. O mundo quer isso?
Acho que não né? Mesmo com a Ducati tendo em sua história motos que não são desmo, motos que não são belt-drive, motos que não são dry-clutch, e motos que não usam quadros trellis, eu acho mais correto dizer que uma moto que não tem nada disso, não seria mais uma Ducati, e sim uma Audi Moto.
A justificativa para tudo isso é apenas economizar. Economizar na fabricação, produção e uma pretensa economia para os usuários, com uma manutenção menos frequente… e que dono de Ducati pensa nisso? A moto é top, é esportiva, é cara, é exclusiva. Quem pensa em custo e frequência de revisão é motoboy. Precisa revisar? O dono de Ducati vai e leva para a revisão, faz parte do pacote de ter uma moto que os outros não entendem direito.
Muita gente fala bobagem sobre o desmo. Sua maior vantagem não é eliminar o floating valve, como os ignorantes gostam de falar. Sua maior vantagem é eliminar o trabalho de ter que apertar molas duríssimas no comando. Para aguentar altas rotações, estas molas tem que ser construídas com uma metalurgia caríssima e serem duras para caramba, algo que consome até 20% da força do próprio motor. Por isso os motores Ducati são fortes, porque giram muito (suas válvulas não flutuam e podem “descer” mais) e não tem que se gastar apertando molas. Em troca, tem manutenção mais frequente. Para motos esportivas é isso, as motos de GP que não são desmo (todas), não conseguem usar molas, usam comandos pneumáticos. E o futuro são válvulas com comandos elétricos, ou seja, comando de válvulas com molas é uma solução barata e que não performa.
Continua assim e em breve, já no ano que vem, uma Ducati não terá mais nenhum diferencial sobre uma moto chinesa, indiana, alemã ou japonesa. Serão todas iguais.
Esta é a era da Audi Motos.