Não tenho certeza qual dessas corridas acabei de assistir. Dizem que errar é humano, insistir no erro é burrice. Pois bem, mais uma vez Marc Márquez começou a corrida perdendo posições, mais uma vez ele foi o primeiro a trocar a moto por uma equipada com pneus lisos, mais uma vez Rossi e Dovizioso ficaram pelo menos duas voltas a mais do que deviam perdendo 10s POR VOLTA, mais uma vez o Formiga venceu com folga.

Assisti há pouco tempo um especial sobre o título do Márquez em 2016, acompanhando todo o trabalho da equipe desde o pré-teste onde estavam andando a quase 2s das Yamahas. Recomendo a qualquer um que queira entender como funciona um time coeso e bem liderado.

Ao final três espanhóis no podium: a melhor homenagem que poderia ser feita ao Angel Nieto, o cara que inspirou o motociclismo esportivo na Espanha.

Ainda que Márquez tenha apenas administrado uma vantagem que chegou a 22,7s e acabou em pouco mais de 12s, a corrida foi interessante dado o trabalho de recuperação dos teimosos. Os cinco candidatos ao título acabaram nas primeiras 6 posições, com um Crutchlow intrometido em 5o (MAQ-PED-VIN-ROS-CRU-DOV). O meu conterrâneo Zarco conseguiu a façanha de ficar ainda uma volta a mais do que Rossi e Dovi (pra quê, meu Deus? Ele não olham o live timing?) e foi castigado com a 12a posição. Lorenzo acabou em 15o, mas, segundo a transmissão oficial, a Ducati não tinha preparado motos com pneus slick nem pro Dovi nem pro Lorenzo. Ele entrou cedo, mas teve que esperar um tempão no boxe. Que vergonha, hein, Gigi?

No mais, vale comentar a recuperação do Folger, que conseguiu um bom 10° e a trombada do Iannone e do Alex Espargaró dentro dos boxes, que tirou o Crazy Joe da corrida,

Agora vem a pista feita sob medida para a Ducati: Áustria. Espero que eles repitam o 1-2 do ano passado e acredito que o Márquez vai administrar os 14 pontos que abriu do Viñales (21 para o Dovi, 22 para o Rossi).