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Pai orgulhoso do João e da Nanda, botafoguense, motociclista e cabalista. 15 anos como CIO e membro do Board de empresas multinacionais, participando no desenho e implantação de processos de logística, marketing, vendas e relacionamento com clientes e canais de vendas, inclusive por dispositivos móveis; Morador em Londres, é Fluente em Inglês e Espanhol, com conhecimentos avançados (leitura) e intermediário de Francês e Italiano; Possui cidadanias brasileira e francesa.

Mais comentários sobre a corrida de Jerez

Jerez – GP da Espanha

Race Essa corrida teve mais plot twists que uma novela mexicana… no final, a cabeça deu mais recompensas do que o coração, com a paciência e a experiência do Dovizioso lhe rendendo um lugar no pódio. Parabéns para El Diablo!

Quartararo ganhou este apelido no FIM CEV Repsol (campeonato espanhol) de Moto3, provavelmente o mais competitivo dentro da Europa. Era tido como “o novo Marc Márquez”. Alguma decisões equivocadas na carreira junto com algumas contusões sérias quase apagaram a estrela, mas uma excepcional vitória de Suter na Moto2, seguida de boas corridas, abriram um espaço no MotoGP que ele fez por merecer desde as primeiras corridas. Ele tem o que falta em Viñales, Rins e companhia e tenho certeza que ouviremos a Marselhesa muitas outras vezes nos anos vindouros. Quanto ao coração… ele apanhou e tanto quanto bateu. O que o Márquez fez nesta corrida foi de aplaudir de pé e também de arrancar os cabelos. A salvada na curva 4 no início da prova foi extraterrestre, a recuperação até o 3º lugar foi um show, mas faltou cabeça no final: o segundo lugar estava ali e ele teria 5 voltas para consegui-lo. Acho que ele pensava em ganhar a corrida e acabou repetindo 2015: zerou o marcador e ainda periga ficar fora da proxima etapa.

Uma pena, mas… o Rei morreu, viva o Rei! Quartararo chegou para fazer história. Três Yamahas no Top 5, Valentino fora; Ducatis em 3º, 4º, 7º e 9º; KTMs em 6º e 8º e a primeira Honda só em 10º, com Nakagami. Zarco em 11º à frente do baby Marquez, Binder, Rabat e Schmidt fechando os 15. Nenhuma Suzuki e vou me repetir: eles precisam de uma equipe satélite se quiserem ser campeões. Quatro cabeças pensam melhor do que duas, e os meninos vivem na brita.

Na Moto-E tivemos a felicidade de ver o Granado se impor, chegando 3s à frente. Moto-3 ainda me lembra muito o Ultimate Fighting, com os pilotos fazendo ultrapassagens kamikazes e botando gente pra fora. Arenas repetiu a vitória do Qatar porque deu uma de toureiro na útima curva e saiu ileso enquanto os touros se atrapalhavam uns aos outros. Na Moto-2, o Luca Marini soube economizar os pneus e liderou a dupla da Red Bull até o pódio. Nagashima lidera o campeonato com sólidos 45 pontos. Sam Lowes fez uma boa corrida para chegar em 4º, seguido do promissor Aaron Canet em 5º e o Hafizh Syahrin em um bom 6º.

Semana que vem tem mais.
André Bertrand