Meus camaradas, não assisti a corrida ao vivo. Esqueci que era na madruga, de modo que vi o replay no horário de sempre, as 9h, pelo Youtube.
Nunca é a mesma coisa, mas dá para escrever um pouquinho.
Foi o primeiro GP em Buriram, todas as equipes com menos dados do que o normal. Não estavam zerados de dados porque tiveram uns treinos de reconhecimento por lá. Talvez por isso, nem eles mesmos sabem, a Yamaha deu um sinal de vida, com Rossi e Vinãles treinando bem, com o Doutor largando da primeira fila. E o mais importante, os dois com ritmo para a corrida. Os dois acham que podem ser as mexidas na moto, bem como um excepcional bom funcionamento dos novos pneus Michelin nesta pista.
A nota ruim dos treinos foi o tombaço do Lorenzo. Ruim para mim, tem gente que se amarra quando ele se estabaca. Foi estranho, a moto travou a roda traseira e estão investigando se foi algum problema no freio, ou no motor. O fato foi que o bicho voou! E deu sorte de não se quebrar mais. Já não estava inteiro, achou melhor se recuperar para Motegi.
Marc largou bem, o que não é tão comum, mas Rossi enfiou-se na rabeta dele até passar. Mas não abriu. Bom ver o Rossi liderando uma prova depois de tanto tempo, a torcida mundial em delírio, mas ainda não dá para a M1 se ombrar com a Honda e Ducati. Depois de algumas voltas Dovi atropelou o Rossi por um lado e o Marc pelo outro. A diferença de motor/aceleração delas é enorme.
Neste ponto Dovi liderava com o Marc atrás parecendo-me bem a vontade, mudando as linhas sem perder espaço. Atrás Viñales veio se recuperando e trazendo o Pedrosa, até que o Pedrosa estabacou-se (o Youtube não me mostrou como) e a corrida partiu para os finalmente. Como sempre tem acontecido, Viñales cresce no final das provas, passou o Rossi e encostou na dupla da frente, que começou a já tradicional briga e passa passa das voltas finais. Dovi não é fácil de ser passado, erra pouco, freia bem e se ele conseguir guardar uma boa linha para levantar a moto e dar no fundo, a Ducati sai como um foguete e ele retoma a posição. Marc até consegue frear depois e colocar na frente, mas aí ele perde centésimos controlando este malabarismo, onde Dovi faz um “early pickup” e afunfa a mão no acelerador.
Trocaram de posições várias vezes e hoje só deu certo para o Marc porque ele não é bobo, atacou na última curva e o espaço até a linha é pouco. Se fosse no meio da reta, acho que não daria. Ele ficou muito feliz, pois levou duas destas ano passado do Dovi e descontou uma.
A Yamaha de Viñales completou o pódium, com Rossi em quarto. E todos felizes, o que é lamentável né? A Yamaha deveria estar querendo ganhar corridas e não ficar comemorando terceiro no pódium… É o que dá no momento.
Desculpem-me o relato incompleto, mas é que o replay que vi era editado.
Abraços
Mário Barreto
A corrida aconteceu às 8h aqui de Londres, o que me permitiu assistir ao vivo. Mais uma vez foi uma batalha tática bonita de se ver entre Marquez e Dovi.
A grande dúvida que pairava antes da corrida era em que volta os pneus acabariam, portanto todos os pilotos de ponta foram da Hard-Hard. A liderança do Rossi foi um belo show para o alucinado público tailandês, um dos destaques do evento, porque vibram com todos os pilotos sem aquela babaquice de vaiar alguns ou ignorar quem anda atrás.
Dovi e Marquez têm se destacado pela inteligência: eles rodam uns 0,3s acima do que poderiam para conservar a borracha para as voltas finais e percebo que o Marquez tem preferido deixar o Dovi ditar o ritmo para concentrar a luta nas últimas 4 voltas.
Faltando 3 voltas ele experimentou passar o Dovi na última curva e tomou um X. Fez mais 2 ultrapassagens e tomou revides praticamente imediatos (o Dovi tem moto pra isso e está muito maduro: conhece bem o equipamento que tem). Então deixou para passar na curva 5 da última volta uma vez que o terceiro setor da pista era onde tinha alguma vantagem sobre a Ducati. Abriu uma distância suficiente para que qualquer tentativa do Dovi na última curva fosse acima do limite e, pela primeira vez em 4 ocasiões, ele e Dovi trocaram de posições, com o Dovi chegando no desespero e tomando o X.
Yamaha em 3º e 4º com o Doutor fazendo uma tentativa sem nenhuma chance na última curva. Viñales chegou perto, mas a Yamaha não deve se animar: ele nunca teve chance. O resultado foi igual a Aragon, trocando Suzukis por Yamahas.
No mais, uma boa corrida do Zarco chegando em 5º, beneficiado pelo tombo do Pedrosa, que vinha virando bons tempos e se empolgou, perdendo a frente na 5. Pelo que vinha virando o Pedrosa podia ter chegado nas Yamahas, mas o #26 está zicado mesmo.
Crutchlow só conseguiu um 7º, lutando contra o superaquecimento do pneu dianteiro ao andar no bolo e o desgaste do centro do pneu traseiro, que o fez perder tração.
E o que dizer da terceira Ducati oficial, futura segunda? Petrucci é um desperdício de investimento. Chegou mais de 3s atrás do Bautista!!!
Acho que a Ducati deveria ter optado pelo Miller ou pelo próprio Bautista, mas…
Salve Mario. Não vi a corrida até agora. Deixei gravando as 3 e gosto de assistir tranquilo, em paz, para poder analisar direitinho. Sei que o Marquez venceu sobre Dovi, mais nada. Não entro nem no site pra saber o mínimo possível.
A moto 3 eu já vi e foi aquele tiroteio de sempre e o final rocambolesco, com o Bezzecchi #12 sendo alvejado à meia nau pelo Bastianini (La Bestia) na última curva da última volta, os dois lutando pelo pódio que daria ao Bezzecchi a possibilidade de diminuir o atraso para o Martin. Ao invés disso o #88 chegou em 4o e aumentou a diferença para o #12. Aliás, Marín foi o grande destaque, na minha opinião, pois correndo com a mão estropiada ainda conseguiu esse resultado. Quem estava feliz era o Fausto Gresini, que além da grande corrida de JM 88 ainda teve o Fabio Di Giannantonio, seu piloto também, como vencedor. Grande corrida também do hermano Gabriel Rodrigo #19, que largou em nono e fechou em 5o. Tá bom?