Ducati 797

É meus camaradas! Hoje fez um lindo dia aqui no Rio de Janeiro. Céu bem azul. Ainda muito calor, mas nas serras que temos aqui bem pertinho, Petrópolis, Teresópolis, estava mais agradável. Não ouso dizer que estava friozinho, longe, muito longe disso. Mas o bafo do diabo que recebemos no meio da descida da serra de Petrópolis deu bem a diferença entre o Rio e as cidades serranas.

Marquei de dar um rolé com o Bernardo Britto. Ele, que vendeu tipo um apartamento na Tijuca para poder comprar um novíssimo par de Ohlins para a sua Honda Super Four 1300, estava doido para estrear na estrada. Estes Ohlins são fabricados com o mesmo material do Martelo de Thor, Mjolnir… só pode. São excepcionais. Eu fui de Yamaha FZ1, e o Marcelo de Ducati 797.

Eu nunca tinha andado de 797. Aproveitei para trocar de moto e conhecer, no sentido mais bíblico, mais esta tetéia desmodrômica.

Esta moto foi apresentada no Salão EICMA de 2016, e as vendas começaram neste mesmo ano. As últimas foram os modelos 2018/19, e elas não estão mais em produção. Utiliza o maravilhoso motor desmodue de 803cc (porque 797 né?), de seis marchas, mais ou menos o mesmo que é utilizado até hoje nas Scramblers Ducati. A regulagem é diferente, mas não muito. É uma tunagem redonda, para um misto de performance + conforto. Diferente da Monster 796, que tem um motor tunado para o racing. A 797, que foi posicionada na época como uma moto de entrada e a mais barata das Ducatis, não precisava ser tão veloz.

A moto perdeu também o monobraço traseiro e não tem muitas frescuras no seu design. É uma Monster… feita para ser nua e simples. E tem quadro de teliça e motor desmodrômico. Hoje em dia temos Ducatis que não tem nada disso. Nem Desmo, nem trellis, nem monobraço. Uma tristeza.

Ao subir na moto, reparei no assento, que é bem cavado e fino. Vc vai encaixado atrás do tanque, em uma posição que no início parece baixa e estranha, mas ao começar a andar, torna-se mais natural. A moto é excelente no ajuste de chassi. Tem um feedback leve, ela é magrinha e leve mesmo, o motor é muito amigão e torcudo, e as suspensões funcionam bem integradas, a moto faz curvas como uma bicicleta. Não é teimosa, o seu amplo guidão faz uma alavanca que deixa as manobras muito fáceis.

Em movimento tudo funciona bem. A moto é forte, gosta de correr, os freios Brembo estão ali sempre com força para segurar a monstrenga. A aceleração é constante e sem nenhum tipo de hesitação e engasgo. Ela cresce bem, o Marcelo disse-me ter conseguido levá-la até 210 km/h e eu não duvido, o desmodue tem saúde. Certamente ela não anda mais do que a 796, que tem um equipamento de maior qualidade e um motor mais forte, só que só nas altas rotações. Em baixas e médias, o motor da 797 dá um banho.

O painel é P&B, simples e tem uma visibilidade impressionante, muito boa.

Resumindo, não foi um teste grande, mas deu para acelerar, fazer dezenas de curvas na Estrada das Hortências. A moto é uma delícia. Uma Ducati simples de manter, que anda muito bem, e com o preço quase igual ao das Scramblers Ducati. Um super negócio, pena que não esteja mais em linha. A Monster atual, 2025, eu acho horrenda. A Senna, verde a amarela, mais feia ainda. Deve ser boa, zerinho né? Mas não uma fração do espírito e sangue Ducati que tem a simples 797.

Obrigado Marcelo pela montaria! Vejam abaixo um pequeno álbum de fotos:

Publicitário, Designer, Historiador, Jornalista e Pioneiro na Computação Gráfica. Começou em publicidade na Artplan Publicidade, no estúdio, com apenas 15 anos. Aos 18 foi para a Propeg, já como Chefe de Estúdio e depois, ainda no estúdio, para a Agência da Casa, atual CGCOM, House da TV Globo. Aos 20 anos passou a Direção de Arte do Merchandising da TV Globo onde ficou por 3 anos. Mudando de atuação mais uma vez, do Merchandising passou a Computação Gráfica, como Animador da Globo Computação Gráfica, depois Globograph. Fundou então a Intervalo Produções, que cresceu até tornar-se uma das maiores produtoras de Computação Gráfica do país. Foi criador, sócio e Diretor de Tecnologia da D+,depois D+W, agência de publicidade que marcou uma época no mercado carioca e também sócio de um dos primeiros provedores de internet da cidade, a Easynet. Durante sua carreira recebeu vários prêmios nacionais, regionais e também foi finalista no prestigiado London Festival. Todos com filmes de animação e efeitos especiais. Como convidado, proferiu palestras em diversas universidades cariocas e também no 21º Festival da ABP, em 1999. Em 2000 fundou a Imagina Produções (www.imagina.com.br), onde é Diretor de Animações, Filmes e Efeitos até hoje. Foi Campeão Carioca de Judô aos 15 anos, Piloto de Motocross e Superbike, mantém até hoje a paixão pelo motociclismo, seja ele off-road, motovelocidade e "até" Harley-Davidson, onde é membro fundador do Museu HD em Milwaukee. É Presidente do ForzaRio Desmo Owners Club (www.forzario.com.br) e criou o site Motozoo®, www.motozoo.com.br, onde escreve sobre motociclismo. É Mestre em Artes e Design pela PUC-Rio. Como historiador, escreve em https://olhandoacidade.imagina.com.br. Maiores informações em: https://bio.site/mariobarreto

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