E “acabou que acabei” indo ao Festival de Motos em São Paulo. Eu sou adepto da filosofia de que “evento que não me convida, não merece a minha presença”, kkkkk, pensava que esta frase era de Grouxo Marx, que tem frases ótimas, mas não é. Não tem identificação, mas é muito boa. Funciona bem com cariocas, que por conta de terem um dia sido tão importantes, sempre querem ser vips em qualquer evento.
Não fui convidado por ninguém oficialmente, mas, como jornalista, bastaria ter pedido o credenciamento de imprensa, o que não fiz. Uma mistura de preguiça com a melancolia de ver que os Blogs de opinião, como o Motozoo®, estão a cada segundo menos relevantes no mundo. Ninguém quer ler nada, acham cansativo e chato. Querem ver filmezinhos curtos engraçadinhos no Instagram ou TikTok. Não quero fazer isso né? O que me consola é que não é comigo ou com o Motozoo®, as pessoas continuam gostando de mim e reconhecem o meu conhecimento e capacidades, o problema é o formato… não tem funcionado mais porque o público simplesmente não tem saco para ler. Em todo o mundo. O próprio empreendedor do festival em São Paulo, é o editor de uma revista que ninguém lê.
Mas o meu super brother Rogerio Botelho, da incrível Race-IT implorou-me para ir com ele de busu, bora lá, Bem, se era um convite que eu queria, ele chegou, kkkkkkk, e topei irmos lá dar um confere, ele trabalhar, de ônibus, saindo e voltando de madrugada da Barra da Tijuca. Já fiz isso algumas vezes no passado, nem me canso muito, pois durmo antes de chegar na Dutra e acordo quando acendem as luzes no Tietê, prá mim é rápido. Desta vez eu dormi também, mas não foi tão bem. Na volta eu estava MORTO de cansado. Aliás, o festival é grande, eu eu já estava meio morto as 14h.
O evento é ótimo, o local incrível. Espaçoso, super bem organizado, lotado e com você sempre ouvindo e vendo as motos em movimento na pista. Os test rides, o ponto alto do evento, ficam rolando o dia todo. Além dos estandes das motos e equipamentos, rolou também uma pista de motocross e atrações mais embaixo. Para quem gosta de motocicletas, é um prato transbordante de atrações. Para quem gosta de mulheres bonitas também, os estandes capricharam nas recepcionistas, com a BRMS capturando todo o pódium… primeira, segunda e terceira mais bonitas estavam lá. Na categoria japonesas lindinhas a Yamaha deu um banho na Honda. Nesta categoria quase não temos representantes aqui no Rio de Janeiro…
Ficamos 12h no evento, coisa para machos alfa. Conversamos com dezenas de amigos, vimos dezenas de motocas, foi muito legal. Ano que vem provavelmente o Motozoo® não será convidado novamente, mas irei fazer minha incrição de imprensa e também provavelmente estarei por lá. E se a passagem de avião não estiver custando os olhos da cara, vou de avião… estou meio velho para as viagens de ônibus, estou quebrado até agora. Depois deste textão que detestam ler, vou postar as fotos abaixo, comentando-as. Obrigado Rogério Botelho e Race-It pelo convite, obrigado BRMS pelos inúmeros mini hamburgues e hectolitros de CocaCola.
Lindo dia em São Paulo, pudemos usar a tradicional técnica “cebola”. Chegamos no frio e fomos descascando conforme o dia foi esquentando. O visual do autódromo de Interlagos é muito bacana, porque ele tem esta diferença de altura na pista.





Logo de cara, vimos estas Fantics Caballero, inesperadas. Não vou falar que são lindas, mas como Presidente do ForzaRio, digo que elas são interessantes!



Umas fotos avulsas do evento. Eu e a Bimota DB7, sem dúvidas a melhor moto que já tive, o macacãozinho do Martinator, uma linda Panigale amarelinha e finalizando duas lindas customizações. A Triumph Rocket e a BMW R1800, ambas no estande da Pirelli





As lindíssimas e caríssimas Husqvarnas Norden. Ao lado delas as novíssimas Yamaha T7 parecem bicicletas. Custam o dobro, mas são 4x mais lindas e bem acabadas…



No estande da Ducati fui lamber a adorada Desert-X, que ficou linda nesta pintura. E vi o lançamento do Festival, a Diavel V4. Qualidade Ducati de construção e design, mas vocês todos sabem que eu não gosto muito de Diavels, para mim não deviam nem existir. Com 4 cilindros e sem Desmo, ainda menos razão para existirem.





Eu com o meu amigo Sebastian Rochón da SR-Corse, que participou desta iniciativa da Honda, que foi customizar duas CB1000 e 650. Certamente a do Seba, a primeira aqui do lado como número 70, foi a minha favorita!!! Parabéns Sebastian e toda a SR-Corse.





Aqui vemos os lançamentos da Honda, Yamaha e Kawasaki. A Honda mostrou a nova Tornado, bem bonita e com a maior cara de competente. Se não for muito cara, será um sucesso, mas aqui no Rio o seguro será caro, porque ela está bem dentro do Target da bandidagem em geral. Espero receber uma para avaliação. Na Yamaha finalmente vi ao vivo e a cores a esperada e aclamada T7. Bonita, bem construída, a Yamaha melhorou muito a sua construção ao longo dos anos, sem perder o jeito Yamaha de fazer as motos. Gosto dos detalhes da moto, especialmente de sua marca registrada, os faróis. Detesto a longuíssima vareta de acionamento do câmbio, uma invenção necessária da Yamaha, que foi a primeira a mover o câmbio para a posição superior. Não disse o preço da bruta ainda. Depois vimos provavelmente a moto mais feia do festival, a nova Kawasaki Z-H2 turbinada, com suas linhas que lembram um monstro japonês. Talvez a idéia tenha sido esta… Por último a Kawa Ninja pintada com as cores comemorativas de seu lançamento lá atrás. Nostálgica. O João Mendes teve uma Ninja 750, aquela com os tubos que saiam da carenagem e entravam no tanque, quando muitos leitores ainda nem eram nascidos. Andei muito com ela. Esta nova é bonita mas é discreta. Meteram tinta prata sobre os alumínios e isso, em minha opinião vagabundeou o material. Minha opinião não faz diferença, contam que todas estas Ninjas que chegaram, foram rapidamente vendidas e ela está esgotada.







Mesmo sendo um pouquinho pequenas para a minha grande massa muscular, adoramos as novas Triumph 400, que vimos pela primeira vez ao vivo. Uma combinação matadora de design, produto, branding e preço. Já são, e serão cada vez mais, um sucesso para a marca. São lindas e espero que sejam boas.




Na Suzuki eu curti muito as novas 800. Pequenas, com muito design e dizem com um ótimo desempenho. Certamente mereciam um desempenho comercial melhor, hoje vemos muito menos Suzukis nas ruas como já vimos no passado. Estas motos precisam ir para as ruas, serem usadas, especialmente as novas Strom. Das Zontes, a única que me agrada é esta aí, a Sportscafe, que mesmo não sendo absurdamente cara, tem uma tarefa dura que é enfrentar as Royal Enfield, que são muito mais baratas e clássicas. Este público talvez não ligue para a tecnologia e gadgets que a Zontes tem. Por último uma foto da raba da Busa comemorativa que estava lá exposta.









Lá na parte debaixo do evento, rolou um Museu com motos antigas e outras atrações. Fotografei aí o início de tudo, minha primeira moto, a Yamaha RD50 nacional que a D. Araci (aka Mamãe) me deu quando eu tinha 14 anos. Um linda e bem conservada BMW e motocas de competição da Honda, com destaque para a motoca do Tucano. A Fireblade eu fotografei especificamente para o meu amigo Akira Kasai, que as ama.






Eu e o Bibendum, o mascote da Michelin. Muito importante para mim porque eu, junto com o Greco Bernardi e a equipe da minha produtora Imagina, criamos esta versão atual do boneco. Para conhecer esta história cliquem aqui.





Para terminar o registro do encontro com o amigo e ex-adversário nas pistas, lenda viva e atuante do MX no Brasil, Jorge Negretti. Depois passamos para visitar o Gustavo Lorenzo no estande do Festival Moto Brasil, o presepeiro do Rogerio pendurado na moto e fim de festa. Espero que vocês tenham gostado das fotos e da aventura.




