E a Kawasaki, de forma muito pouco surpreendente, renovou com Jonathan Rea por mais dois anos. Eu ficaria muito assustado se ele saísse da Kawasaki. Já com 35 anos, este será provavelmente o seu último contrato e depois do que ele fez na moto verde, seria muito ruim que ele mudasse de marca agora no final da carreira. Lenda viva da Kawasaki, sairá como um embaixador da marca e se vacilar, ainda ganha mais um campeonato. Este ano, por exemplo, está em segundo no campeonato e se Bautista der o mínimo mole, ele ganha.
Também, ele não teria para onde ir. É grande demais para a Ducati, que tem em Bautista o seu escolhido e que tem tudo para ser campeão este ano. Rea não cabe na Ducati, que não vai brigar com o Alvaro Bautista.
Também a Yamaha não tem espaço para ele, pois Toprak é o campeão reinante, um piloto sensacional e muito mais novo.
A Honda não tem uma moto boa e nem a BMW, estão no processo… então só restou renovar mesmo com a Kawasaki, com a qual ele foi campeão 6 vezes seguidas.
Segundo o texto que ele publicou, foi uma negociação natural e fácil e a maior dificuldade é man ter a motivação para disputar mais dois anos. O que seria isso, uma vez que não é problema de dinheiro… que motivação seria esta?
A Kawasaki está devendo ao Rea uma moto nova tem tempo. Esta moto atual é boa, é competitiva, mas é uma moto com projeto muito velho para o nível do campeonato. De tapa em tapa ele está usando uma moto de 2012, basicamente. Todas as pedrinhas dos autódromos sabem que a Ducati Panigale V4 é mais moderna e potente, e que a Yamaha R1 é mais moderna também. E a R1 é a campeã atual e a Ducati tudo indica que será campeã este ano. Motivação prá mim seria uma moto toda realmente nova, para fazê-lo se animar com um sétimo título.
Do jeito que este trio (na verdade todos os pilotos) se arrisca e anda no limite, tem que ter uma motivação mesmo, porque rico ele já é.
Disse Rea:
“Estou muito feliz e animado por renovar meu contrato com a Kawasaki, para continuar por mais dois anos. Foi uma parceria incrível, tivemos tanto sucesso juntos que é quase uma progressão natural. Não houve muita negociação necessária para continuarmos juntos de ambos os lados. Foi mais um caso de quanto mais motivação eu tinha para continuar correndo ao mais alto nível no campeonato de SBK. Foram algumas temporadas incríveis; mais competitivo do que nunca. Percebi o quanto estou motivado para continuar e continuar lutando para vencer. A Kawasaki me deu a oportunidade em 2015 de realizar um sonho de infância quando ganhei o campeonato de SBK no primeiro ano juntos. Como parceria, somos tão sólidos e estou ansioso para continuar criando memórias e representando um fabricante e uma marca incríveis. Minha equipe é minha família de corrida. Eu amo todos dentro da equipe como minha própria família e relacionamentos como esse contam muito nas corridas. Um enorme crédito vai para cada pessoa da equipe, da Provec Racing, todos os engenheiros no Japão e todos da família Kawasaki. Estou animado para ver o que podemos fazer nas próximas duas temporadas.”