É meus amigos, este francês e sua Yamaha estão impossíveis, o conjunto está muito redondo e rápido. Quartararo está muito confiante também, a moto está colada debaixo dele. Ele as vezes me lembra o estilo de Lorenzo, pois parece suave com a moto, não pendura demais, não abre a perna demais, não balança o pescoço, não faz nada que chame a atenção, exceto por sua velocidade e constância. Roda como um relógio e controle em sua posição na pista. Seja em primeiro ou quarto, ele está cerebral.
Hoje largou de novo da primeira fila e deu um bote certeiro, reto, mergulhante, para pegar a ponta. E dali controlou a corrida, virando num ritmo forte e constante. Só ele faz isso com a M1. Viñales vinha com altos e baixos, Rossi, apesar de ter treinado e largado bem, chegou lá atrás, e Crutchlow não tem mais ritmo de corrida. A Yamaha precisa mesmo do Morbidelli para conquistar a tríplice coroa, que é a conquista do campeonato de pilotos, equipes e construtores.
A boa, excelente notícia para mim, é que Andrea Dovizioso estará na pista brevemente de Yamaha, e correrá também em 2022. Será o principal piloto da equipe satélite, mas que ano que vem não terá uma moto como a de Rossi, que é igual a de Quartararo. A nova equipe irá usar as motos deste ano e não vai ter a grana toda que tem agora. Tanto que vai fechar a equipe no Moto3 e Moto2, só vai ter o MotoGP.
Muito bom para ambos. Em que pese que hoje a Aprilia conseguiu seu primeiro pódium no MotoGP, e que a moto está melhorando bastante, Dovi não tem tempo para esperar ela ficar boa ao ponto de disputar o título. Com 35 anos ele terá sua última chance de fazer a diferença no ano que vem, com 36. Com o paddock inteiro pedindo por crianças no MotoGP, ele terá uma moto e uma equipe boa para fazer sua despedida em grande estilo. Ganhar o campeonato eu já acho muito difícil de acontecer. Nunca uma equipe satélite venceu e já acho que não dá para ele peitar o Quartararo.
Rins fez o seu primeiro pódium do ano, em uma pista que ele conhece e adora. Venceu aqui em 2019. Mir até que começou bem, mas acabou terminando em nono, mas passou Pecco e é o vice-líder do campeonato. Longe da Yamaha, mas uma outra façanha da Suzuki e do Mir, o come quieto pelas beiradas.
Aleix fez um corridão. Chegou um momento que tivemos Pol na ponta e Aleix em segundo, momento ideal para fazer uma foto para botar na sala! Família na ponta. Não segurou Quartararo nem Rins, não deu. Mas deu para segurar o Miller e com emoção na última volta. Miller andou bem pacas, fez uma linda ultrapassagem na última volta, mas Espargaró deu X duas curvas depois e mostrou a a Aprilia acelera bem também, chegou na frente da Ducati.
Depois Miller, Pol e duas KTM’s, com Lekuona querendo mostrar serviço, tá a pé para ano que vem e uma vaga que ele estava paquerando, Dovi pegou. Petrux fechou os top10, um bom resultado para ele.
Mir andou menos do que se esperava, Pecco Bagnaia andou nada para o que se esperava, Valentino Rossi andou menos também. E Zarco, mesmo andando para chegar em “ônzimo”, passou Pecco na classificação e é de novo a melhor Ducati no campeonato. Que vida a da Ducati Corse…
Vamos aguardar o texto do André Bertrand, que estava lá na Inglaterra e assistiu a corrida na arquibancada em um ponto ótimo do circuito!