O futuro sustentável da fábrica da Honda no Brasil

Rumo a uma sociedade alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

9 de outubro de 2024

A Honda estabeleceu a meta de alcançar a neutralidade de carbono em todos os produtos e atividades corporativas até 2050 e está promovendo ações alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

O desenvolvimento econômico e a sustentabilidade empresarial da Honda estão intimamente ligados ao desenvolvimento tecnológico e às atitudes corporativas que cumprem as responsabilidades sociais na área ambiental.


A Honda iniciou suas operações no Brasil em 1971

As atividades da Honda no Brasil começaram em 1971 com a importação e distribuição de motocicletas.

Alguns anos depois, ainda na primeira metade da década de 70, o próprio Soichiro Honda, acompanhado de sua esposa, visita o país para comprovar o sucesso da marca.

Entre os brasileiros, ter uma Honda era o máximo, não só pela qualidade da moto, mas também pelo nível dos serviços pós-vendas, disponibilidade de peças de reposição e mecânicos bem treinados para seguir a excelência do produto.

Em meados da década de 1970, uma alteração na legislação brasileira passa a proibir a importação de qualquer tipo de veículo.

Foi nesse momento crucial que duas alternativas se colocaram frente a Honda: a operação no Brasil precisaria ser encerrada ou a empresa teria que fabricar seus produtos localmente.

Mesmo que a última opção fosse escolhida, começar a produzir motos em Manaus nos anos 1970 não foi fácil.

Não havia fornecedor por perto, rodovia para escoar a produção para a região Sudeste, o principal mercado consumidor, e a mão-de-obra qualificada era escassa.

Nada disso, porém, impediu que o projeto de fabricar motos no Brasil fosse levado adiante.

Movida pelo espírito de desafio, aspecto definidor da cultura da empresa, felizmente, a segunda opção foi a escolhida e o local de instalação da primeira fábrica da Honda no Brasil seria a cidade de Manaus, capital do estado do Amazonas.

Fábrica da Moto Honda da Amazônia, em Manaus, em meados de 1970 quando a unidade foi inaugurada.

Operando há 48 anos no Brasil, neste longo espaço de tempo mais de 29 milhões de motos saíram das linhas de montagem manauaras.

Hoje, a Moto Honda da Amazônia fabrica mais de 5.500 mil motos por dia. São 19 modelos, graças aos esforços de mais de 8.600 colaboradores.

A grandeza da fábrica, porém, vai além desses números: desde sua inauguração, a empresa se especializou na implantação de políticas de gestão e proteção ambiental que favorecem tanto os colaboradores como a comunidade local e o meio ambiente.


Para promover a coexistência com a comunidade local, três projetos de proteção ambiental foram iniciados

A operação da Moto Honda seguia se desenvolvendo bem em Manaus e, com isso, surgiu a necessidade de a empresa ter um local em que pudesse testar as motos produzidas, a fim de garantir a qualidade e o aprimoramento dos produtos.

Mas essa não era uma tarefa tão simples.

A escolha do lugar envolvia alguns requisitos: ser um local grande para a construção das pistas de teste e estar próximo suficiente da fábrica para facilitar a logística, mas também longe o bastante da cidade para não comprometer o segredo industrial dos lançamentos.

Tudo isso harmonizando as atividades com o meio ambiente e buscando preservar ao máximo a floresta em pé.

Após um período de buscas, o local ideal foi encontrado: uma área de mais de mil hectares no município de Rio Preto da Eva, a 80 km da fábrica.

O local abriga uma gigantesca reserva natural de floresta nativa com uma biodiversidade de proporções amazônicas.

Em atendimento à legislação local, parte da área total do terreno tinha que ser destinada à preservação, com a importante função de promover a conservação da biodiversidade, abrigar e proteger a fauna silvestre e flora nativa.

Assim, foram estabelecidas três frentes de trabalho para atingir esse objetivo: a fruticultura, o reflorestamento e o projeto agrícola.

Foi assim que teve início, em 2003, o Projeto Agrícola com a produção de vegetais via um sistema de cultivo que permite que as plantas cresçam em uma solução de água com nutrientes (hidroponia), ou seja, sem terra, e que oferece um alimento com alto valor nutricional, livre de agrotóxicos aos colaboradores da fábrica de Manaus.

Kiyoshi Miki, colaborador da Honda há 37 anos que atua como agrônomo no Projeto Agrícola

Miki: “Ao chegar na região nos deparamos com um solo deficiente em nutrientes para o cultivo dos vegetais. Realizamos uma análise da composição do solo e iniciamos um trabalho de correção de macro e micronutrientes e compostos orgânicos. Além disso, foi necessário encontrar bons produtores de mudas, selecionar colaboradores e treiná-los para a atuação na área agrícola. Mais de 20 anos depois, contamos com uma estrutura e equipe adequadas para a manutenção do projeto. Eu tenho muito orgulho de fazer parte de tudo isso.”

Eduardo Alves de Assis (à direita)

“Os colaboradores são muito agradecidos pelo projeto. Eu, como responsável pelo restaurante da fábrica, sempre vejo como eles elogiam as verduras”, conta Eduardo Alves de Assis, gerente da área de administração de serviços.

Duas vezes por semana, cerca de 160 kg de alface são colhidas e enviada aos refeitórios da fábrica, que servem mais de 11 mil refeições por dia.

Além disso, mais de 144 toneladas de frutas e hortaliças foram doadas a instituições de caridade, como o GACC – o Grupo de Apoio à Criança com Câncer.

É ali que o alimento chega ao prato das crianças que estão enfrentando desafios, como a pequena Esther. Aos dois anos, ela foi diagnosticada com leucemia.

Em muitas cidades do Amazonas, em especial às que se localizam na margem do rio, o acesso a tratamentos de saúde mais complexos é limitado.

Esse cenário fez com que Esther e sua mãe viajasse cinco dias de barco pelo rio para iniciar os cuidados num hospital especializado.

Durante o tratamento, que já dura 3 anos, as duas contaram com o apoio do GACC, que provê a estadia e a alimentação para famílias que não possuem recursos para prover essas despesas.

Esther e sua mãe, Dinely

“As doações que são realizadas pela Honda para nossa instituição são muito importantes, visto que a gente pode ofertar para as nossas crianças a alimentação adequada e os nutrientes que elas precisam durante o tratamento. Nós agradecemos a Honda por toda parceria e o apoio com a nossa instituição”, pontua Thamires Luana Rodrigues Costa, nutricionista da instituição.


A mais moderna estação de tratamento capaz de purificar as águas residuais da fábrica

O compromisso em diminuir os impactos causados no meio ambiente por conta de suas atividades faz com que a Moto Honda desenvolva constantemente projetos que visam reduzir e eliminar resíduos, além de novas maneiras de reaproveitá-los em seus processos.

Em operação há 23 anos, a Estação de Tratamento de Efluentes de Manaus é referência em tecnologia e é considerada uma das mais modernas plantas da Honda na América do Sul.

Entendendo a importância da preservação da natureza e em respeito à comunidade local, a Honda implementou esse projeto em 2001.

O local é responsável por tratar a água proveniente dos processos de produção, refeitórios e sanitários da fábrica.

O processo de purificação é rigoroso para garantir a qualidade do tratamento

Com todo o processo finalizado, a água está pronta para ser reutilizada, e o efluente tem duas finalidades: irrigar os jardins da fábrica e auxiliar na limpeza nos processos industriais.

Além disso, uma parte da água tratada retorna para a natureza, contribuindo para a preservação do ecossistema de igarapés, riachos estreitos da Floresta Amazônica que permeiam as matas e são importantes meios de navegação e de subsistência de comunidades locais, além de contribuírem com a biodiversidade de animais.

Depois de passar pelo aquário, a água tratada está pronta para retornar à natureza

“A Estação de Tratamento de Efluentes é reconhecida não somente pelos colaboradores, mas também pelos órgãos ambientes e isso nos enche de orgulho”, declara Marciana Lima, que atua com as atividades da Estação de Tratamento de Efluentes há 12 anos, desde quando ingressou na empresa.


Essas iniciativas são apenas alguns exemplos de como a Honda está comprometida em realizar “a Alegria e a Liberdade da Mobilidade” e “uma Sociedade Sustentável onde as pessoas possam aproveitar a vida”, que além de superar as expectativas dos consumidores atuais, pensa no progresso do mundo para as futuras gerações.


Conteúdo publicado originalmente no site Honda Stories: https://global.honda/en/stories/143-2409-honda-brazil-sdgs.html?from=stories_headline

Publicitário, Designer, Historiador, Jornalista e Pioneiro na Computação Gráfica. Começou em publicidade na Artplan Publicidade, no estúdio, com apenas 15 anos. Aos 18 foi para a Propeg, já como Chefe de Estúdio e depois, ainda no estúdio, para a Agência da Casa, atual CGCOM, House da TV Globo. Aos 20 anos passou a Direção de Arte do Merchandising da TV Globo onde ficou por 3 anos. Mudando de atuação mais uma vez, do Merchandising passou a Computação Gráfica, como Animador da Globo Computação Gráfica, depois Globograph. Fundou então a Intervalo Produções, que cresceu até tornar-se uma das maiores produtoras de Computação Gráfica do país. Foi criador, sócio e Diretor de Tecnologia da D+,depois D+W, agência de publicidade que marcou uma época no mercado carioca e também sócio de um dos primeiros provedores de internet da cidade, a Easynet. Durante sua carreira recebeu vários prêmios nacionais, regionais e também foi finalista no prestigiado London Festival. Todos com filmes de animação e efeitos especiais. Como convidado, proferiu palestras em diversas universidades cariocas e também no 21º Festival da ABP, em 1999. Em 2000 fundou a Imagina Produções (www.imagina.com.br), onde é Diretor de Animações, Filmes e Efeitos até hoje. Foi Campeão Carioca de Judô aos 15 anos, Piloto de Motocross e Superbike, mantém até hoje a paixão pelo motociclismo, seja ele off-road, motovelocidade e "até" Harley-Davidson, onde é membro fundador do Museu HD em Milwaukee. É Presidente do ForzaRio Desmo Owners Club (www.forzario.com.br) e criou o site Motozoo®, www.motozoo.com.br, onde escreve sobre motociclismo. É Mestre em Artes e Design pela PUC-Rio. Como historiador, escreve em https://olhandoacidade.imagina.com.br. Maiores informações em: https://bio.site/mariobarreto

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