E hoje fui acordado pelo meu amigo Ricardo do ForzaRio com esta notícia bombinha (porque notícia bomba é no MotoGP) e inesperada. Scott cansou da Ducati e vai para a BMW.
Se a Ducati que vende 50 mil motos/ano bota uma cacetada de motos no grid do WSBK, a BMW que vende 5x mais, pode colocar também. Digo isso porque Scott foi contratado sem que eles abram mão do campeão Tom Sykes e do também campeão, de Superstock, Michael van der Mark. Estão tentando renovar com os dois e fazendo novamente um esforço para tentar um bom resultado no WSBK. Chega de ser só carro madrinha né? kkkkk.
Não é moleza não, estão em sétimo no campeonato com o Tom Sykes, atrás das duas Kawasaki oficiais, das duas Ducatis oficiais e de duas Yamaha, sendo que somente a de Toprak é oficial. Gerloff é monstro e por isso está sendo cotado até para o MotoGP.
Sou ducatista, apesar de estar sem Ducati na garagem no momento, mas sou um crítico do estado de coisas que impera no box. Casey Stoner deu uma entrevista tem poucas semanas dizendo que a Ducati não respeita seus pilotos, tem zero de lealdade e que foi para Honda rindo alegremente, pois absolutamente tudo era melhor por lá.
Até porque ainda tem corridas pela frente, Scott foi político, disse que vai dar tudo, está em terceiro no campeonato, mas sabemos, tá puto e é outro que sai alegremente da Ducati. A Ducati simplesmente não ouve seus pilotos, não faz o que eles pedem, para eles a moto é a melhor do universo e a falha é sempre dos pilotos.
A moto é boa, sem dúvida, mas uma equipe é composta de vários membros e o mais importante de todos não é o Claudio Domenicali e sim o piloto que tem que subir na moto e vencer o Rea. Redding vem reclamando e pedindo mudanças na moto desde o ano passado. A moto não muda, as outras mudam e andam prá frente, a Ducati fica e o peso cai nos ombros dos pilotos que “não estão extraindo da moto mais desenvolvida e espetacular do universo conhecido, o seu potencial”. Não é assim que rola, não tem bobo nestes campeonatos mundiais.
Por exemplo, o monobraço da Panigale é um handicap negativo. É um ponto de design lindo, mas prá correr no nível de WSBK, uma balança tradicional é mais leve e mais “performante” do que o lindo, pesado e relativamente ineficiente monobraço. Mas quem mexerá nisso?
E assim a Panigale segue sendo a única Ducati que nunca venceu o WSBK. Nem a 2 cilindros, e nem a 4 cilindros. As duas chegaram bem perto, mas o fato é que desde Carlos Checa em 2011 com a 1098R, a Ducati não vence.
Sobra agora o problema para a Aruba Ducati resolver, quem vai para o lugar do Scott? Quem deve ter se animado todo foi Chaz Davies, para voltar, mas duvido. Rinaldi não vai, não foi.. Rabat não foi, não vai… Bautista não volta nem a pau (será?). Os quentes do momento são Toprak Rasgatioglu e Garret Gerloff, mas renovaram com a Yamaha e que inclusive está andando mais do que a Ducati. Difícil.
Será que Petrux se interessaria em encarar esta? Ele está demitido no MotoGP, fez uma carreira na Ducati e já falou nisso uma vez. O WSBK parece que não está na carreira para pegar garotos, como está o MotoGP.
Vamos ver as cenas dos próximos capítulos, duvido que Ducati estava esperando por esta, ela devia é estar pensando em tirar o Scott, porque ele “falhou”. Eu acho que a Audi Motorrad tem que trocar todos na Ducati. Domenicali, Ciabatti, Tardozzi… os caras ganharam um campeonato diferente em 2007, só um. Depois, mesmo com Hayden, Rossi, Stoner, Melandri, Dovi, Lorenzo, não ganharam mais nada. No WSBK tão aí levando pau tem 10 anos, aposentaram a linda Panigale V2 com desonra. Já deu, obrigado pelos serviços prestados, tchau e bença.