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FINALMENTE!!!!



Que presente do dia dos pais, vitória, pódium 1-2 e, como recebi aqui dos amigos, “só pilotos Ducati no pódium”. Hahaha, muito bom.

Fechamos um ciclo ruim, que começou em 2011. Muitas coisas aconteceram, boas idéias que não conseguiram ser realizadas, algumas burradas e o resultado foram estes 6 anos de jejum em vitórias.

Vamos recordar… Rossi estava infeliz na Yamaha, pois o crescimento e campeonato de Lorenzo jogava uma sombra sobre o futuro dele na Yamaha. Ainda não sabíamos que ele continuaria tão rápido. Stoner estava chateado com a Ducati, pois não se sentia valorizado o suficiente na Ducati Corse. Tanto em dinheiro como em prestígio, pois a moto era difícil, somente ele conseguia andar com ela, e mesmo assim não conseguia que fizessem o que ele pedia, nem ganhava perto do que ganhavam outros pilotos.  Alguém teve a idéia de levar o Rossi para a Ducati, por um caminhão de dinheiro, e isso deixou o Stoner mais P da vida, pois pensou: “então dinheiro para ele tem…” O resultado foi o que vimos, Stoner na Honda e Rossi na Ducati, com Jeremy Burguess arrotando que “consertaria” a moto em 1 fim de semana.

Rá! Deu tudo errado. No primeiro contato com as motos trocadas, ainda com as motos pretas, Stoner andou na ponta com a RCV e Rossi, com os olhos arregalados, andou para décimo quarto. A Desmosedici de Filippo Preziosi era uma besta indomável. Em seguida a Audi comprou a Ducati e passamos por um período de comando esquisito. Rossi usou seus poderes para tocar fogo na equipe e acabaram estragando tudo na GP11, 12, 13. A moto foi projetada para ser frameless, como a Panigale, e fizeram um motor alto e grande, para poder aparafusar tudo nele. Rossi e Burguess, perdidos neste mundo, quiseram voltar ao terreno conhecido e exigiram um quadro perimetral de alumínio, algo que a Ducati NUNCA usou. A moto virou Frankestein, com um motor sem jeito no quadro e enquanto a Ducati se acertava, enquanto começava do zero com o Luigi Dall’Igna, corremos com uma moto sem chances contra fortes Honda’s e Yamaha’s. Gigi assumiu a GP14 Frank, e prometeu a GP15, uma moto construída do zero, motor inclusive, da qual a Desmosedici GP (a moto atual) é uma versão melhorada, quase igual.

Gigi chegou aqui depois de fazer seu nome na Aprilia, onde com a RSV4 escreveu seu nome na história dos grande projetistas. A RSV4 é uma jóia. Carta branca e dinheiro na Ducati, arregaçou as mangas e hoje veio o prêmio, o seu GP. Dava pena ver a sua tensão hoje na prova. Parabéns Gigi!!!!

Luigi Dall'Igna
Luigi Dall’Igna – Capo Ducati Corse

A moto nova estreou bem em 2015, e todos a viam como pronta para vencer. Mas a concorrência é muito alta, e detalhes aqui e ali, inclusive a qualidade dos pilotos, fizeram a vitória escapar no ano passado. E vinha escapando até hoje.

Hoje acabou a espera, finalmente. Eu preferia que fosse com o Dovi, um piloto rápido, sério, dedicado e comprometido com a Ducati. Mas, a realidade dos tempos tem mostrado que Iannone tem sido o mais rápido na moto. Por isso Dovi ficou para o ano que vem, e por isso Iannone sai meio chateado da equipe, pois acha que merecia mais ficar. Em uma pista que beneficia a aceleração, as Ducati’s fizeram valer o seu excelente motor. O medo era o consumo e os pneus, mas tudo deu certo. Em algum momento da prova devem ter colocado um mapa mais econômico, lembrando que a Yamaha também teve que fazer das tripas coração para acompanhar a dupla italiana. É de notar como a Yamaha é uma moto versátil, como a Ducati está melhor e o mais engraçado, como a Honda com uma moto nitidamente pior, lidera com folgas o campeonato…

Sobre hoje, Iannone arriscou nos pneus e se deu bem, andou ótimamente, calmo e mereceu a vitória que foi imposta como uma resposta para a Ducati. Dovi meio decepcionado, queria ele ser o piloto vencedor que acabou com o jejum, andou muito bem, mas deu o que vemos no cronometro, ele é um tiquinho menos rápido do que o Iannone, tem que contar com as bobagens do outro. Lorenzo rindo à toa, chegou na frente do Rossi após treinar relativamente mal, e viu sua futura moto tirar a zica de moto perdedora. Rossi andou muito, mas não deu.

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Muita emoção no box da Ducati, muita comemoração para todos os ducatistas e uma certa cara de bunda do Stoner no box, afinal, acabou esta história de que só ele consegue vencer de Ducati.

Sou ducatista, estou muito feliz. Ano que vem não tem para ninguém.  Lorenzo vai fazer a Desmosedici GP andar ainda mais.

Parabéns Iannone, parabéns Ducati, parabéns Ducatistas, nós sempre acreditamos.

Mário BarretoPA1997456.0008

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