E a Honda voltou a vencer um GP, o que não acontecia desde Misano 2021. E foi no COTA, Circuit of the Americas, que foi domínio do Marc Marquez até 2019, quando caiu por causa de um problema no freio motor. Rins venceu de Suzuki, com Vale em 2°. Ontem Rins venceu de Honda, com o irmão do Vale em 2°.
Sempre escrevi aqui que prefiro o Rins ao Mir. É mais rápido, mais habilidoso, e tem caído menos, o que era seu principal problema. Fiquei feliz pelo Lucio Cecchinello, que não via sua equipe vencer desde a Argentina em 2018. Fiquei feliz também pelo Ken Kawauchi, que veio da Suzuki com sua pranchetinha e conseguiu tirar a Honda da seca em apenas 3 corridas.
MAS
foi uma vitória em minúsculas. Um presente do Bagnaia. Duas outras Ducatis pretendentes ao pódio fora da corrida na 3a curva, graças ao atabalhoamento do Martin, que tirou o Alex Marquez da corrida. Um Miller que vinha bem e ficou otimista demais. Um Viñales que largou mal pelo segundo dia consecutivo e rodava tão ou mais rápido que o Rins nas últimas 6 voltas.
Enfim, ganha aquele que consegue chegar ao final à frente dos outros: parabéns pro Rins. Quartararo, um pódio inesperado, estava completamente desanimado, consciente que aquele troféu foi um presente das incompetências de seus colegas e não representa o potencial da sua moto. A ultrapassagem do Marini foi reprisada várias vezes pelo canal do MotoGP dada a disparidade risível da velocidade das duas motos. “Parecia uma MotoGP ultrapassando uma Moto2” foi o comentário do Matt Birt.
Oliveira fez um bom quinto lugar comboiando o Viñales. Bezzecchi ampliou a liderança no campeonato após chegar em 6°, com problemas de aderência no pneu dianteiro. Zarco, com problemas físicos, chegou logo atrás.
Bem distante, a mais de 20s do vencedor, Morbidelli, que voltou a sofrer em uma pista com mais aderência. Por fim, Di Giannantonio venceu o pega particular com o bom Augusto Fernandez, que conseguiu um Top10.
Pirro e Folger fizeram figuração na corrida, o que comprova o quanto o preparo físico é necessário para andar no limite. Binder se estabacou mas ainda levou 3 pontos pra casa: é a segunda vez que não chegam 15 ao final…
Espero que Marc Marquez e Bastianini voltem em Jerez, quando o campeonato deve começar pra valer. É preciso ser grato ao Bagnaia, que já jogou 45 pontos no lixo: ele poderia estar com 98 de 111 possíveis. Como explicar? Confesso que ver o desespero do Tardozzi me alegra.
MOTO2
Foi uma corrida animada, onde os dois protagonistas do momento disputaram até a última volta. Lamentei a derrota do Tiger Tony, mas ele saiu mordido de Austin. Acosta vai receber o troco em breve. A disputa pelo 3° lugar pegou fogo nos últimos dois setores também na última volta, com o holandês Bo Bendsneyder levando a melhor.
Impagável a cara dos mecânicos do Jake Dixon, que caiu na volta de apresentação, quando ele chegou nos boxes tentando se explicar.
MOTO3
Mais uma ótima corrida do nosso Diogo Moreira, que chegou a liderar na última volta, mas perdeu a liderança ao retardar excessivamente a freada do final da grande reta e deu um vacilo gigantesco ao deixar a porta aberta na última curva, quando perdeu 2 posições. Chegou em 4° a 9 milésimos do pódio. Como chegou à frente do Holgado, empatou em 49 pontos no campeonato. Ambos têm 17 pontos de vantagem para o 3°, Artigas.
É isso. Daqui a duas semanas teremos Jerez.
Até lá.